terça-feira, 10 de junho de 2008

Dia 13 – Dia dos Namorados.

A unanimidade amorosa aponta para as trocas de carinho no próximo dia 12. Não poderia ser diferente. O número par decidido aleatoriamente por uma cúpula industrial, provoca um stress psicológico empurrando desordenadamente a união de casais que estão ou estarão juntos pela ‘conveniência de mercado’. Curiosamente, “ninguém” questiona esse comportamento irracional. Imagino o espanto do querido leitor que, por acaso, esteja passando os olhos por essas notas: - “Mas o amor é tão lindo, porque questinoná-lo?” Ora, ora. A massificação do amor perfeito vendido pela mídia: novelas, filmes, jornais, etc. gera um efeito tranquilizante: babar na gravata. Por vezes, me pergunto: - Porque não começar a namorar no dia 13?

O homem é extremamente criativo e não me surpreenderia vê-lo substituir a data da ‘conveniência de mercado’ pela superstição positiva do número 13. Vejamos um único exemplo oportuno. Para os homens: minha namorada: treze letras. Para as mulheres: noivo namorado: trezes letras com direito a um passo do tão sonhado casamento. Viu só. No meio do pensamento amoroso direcionado você conseguiu espremer o verdadeiro sabor do amor. Faz sentido, agora? Acho que não. Há ainda quem duvide da coincindência numérica.

Dizem que 13 é número de azar. Será? O velho Lobo, Zagallo, poderia desmentir essa lenda urbana com sua perna esquerda de ouro. É claro que o sucesso não depende só das suas crenças. Não se conquista nada ficando parado. Vocês entendem? Uma conquista é fruto de um lento e exaustivo exercício para se atingir um objetivo. E, não aquela história de que o sujeito tem sorte ou, Deus quis que fosse assim. Certa vez, já vou me adiantando pedindo desculpas por não lembrar dos nomes, li em algum lugar uma passagem interessante onde o jornalista afirmava para um escritor: - “O senhor é um gênio!”. Responde o “gênio”: - “Não sei porque as pessoas me chamam de gênio. Me dedico a escrita há mais de 28 anos, 14 horas por dia”. Mesmo assim, é mais fácil e cômodo classificarmos as pessoas como gênias e, com uma fézinha: Ah, Deus quis que fosse assim.

Mas eu falava de que mesmo? Ah, do número 13. Existe um outro lado que o conhecido como pão duro se aliaria facilmente ao Dia dos Namorados no dia 13. Pense pelo lado financeiro e, juntamente, pela tomada de decisão. Você conhece sua cara metade amanhã, a um dia de presenteá-lo(a). Eis meu questinamento: - Você gastaria toda a sua economia que fez com tanta disciplina para comprar o novo Iphone 3G, em prol do midiático amor momentâneo? E , digo mais, o que escolher para uma pessoa que, sinceramente, você nem a conhece direito? Talvez um pirulito, para adoçar o encontro. Talvez, talvez...

Não pretendo e nem é minha intensão jogar “azar” no relacionamento de ninguém. Ame quem quiser e quando quiser. Afinal, o amor não liga avisando que vai fazer uma visita ao seu coração. Você não espera, acontece. Mas, quem sabe, se parássemos de viver essa ilusão numérica de plantão, o amor poderia ser aproveitado de forma plena e absoluta, terminando com essa “moda”de: casar e separar. Pensando bem, não seja tendencioso pela podridão que está a sua volta, traindo os seus princípios que já estão impregnados e os reconhece como certos. Aparecer para o outro é a forma mais rápida de construir o seu caixão. Ou por outra: viver uma Sexta-Feira 13 de terror.

E, porque não, começar a namorar no dia 13?

2 comentários:

Unknown disse...

Grande reflexão e me pergunto.

Será que o amor é planejado?

Fico observando a preferência de alguns e me surge muitas indagações legítimas dando o sentido de que dificilmente alguém se apaixona por algo que lhe seja inteiramente desprovido de requisitos e atributos indispensáveis para que se efetivamente, fique por assim dizer completamente tomado pelo amor.

Existem muitas condições impostas antes do amor acontecer, correndo o risco de parecer ser completamente anti-romântico, coisa quase impossível à um publicitário que tem no romantismo o mote e a matéria prima para sugerir o novo como uma data tão emblemática quanto uma sexta-feira 13 que por si só seria pano para manga.

Mas, apesar das mudanças da tecnologia: Viva o Amor!

http://airtonkrauniski.blogspot.com/

Alexandre pacu disse...

o amorrr é uma dorrrrrr....
e o treze é sinonimo de terror!
heuehueeuuehehue